21 agosto 2020

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04 agosto 2020

Desdobrando a Mentira

Já tivemos a oportunidade de comentar e analisar, à luz da Doutrina Espírita, as previsões atribuídas ao médium Francisco Cândido Xavier pelo sr. Geraldo Lemos Neto no artigo "2057, a data limite: de novo?" Sugiro a quem não leu que leia, de modo a compreender mais a fundo a questão.
No entanto, não satisfeito com as supostas predições que, aliás, não se cumpriram, e de jogar para o distante ano de 2057 uma série de outras espetaculosas previsões, o sr. Geraldo, conhecido como "Geraldinho", revelou, desta feita, fatos que, segundo ele, estariam relacionados às vivências passadas do médium mineiro supracitado e, também, de Bezerra de Menezes. Segundo Geraldo Lemos Neto, na década de 80, através de um desdobramento, se viu dentro de um porta-aviões, na condição de "marinheiro raso", navegando junto a uma cidade com prédios muito altos. Em determinado momento, surge um almirante sisudo, alertando sobre a vinda de uma bomba nuclear, que, momentos depois, viria a explodir, causando a destruição completa do lugar. O tal almirante seria, segundo o sr. Geraldo Lemos, Chico Xavier. Após o sonho, o sr. Geraldo teria ido até Chico Xavier, em Uberaba, para contar sobre o ocorrido. O médium teria pedido para todos saírem da sala imediatamente de modo a ouvir o tão especial relato. Depois de ouvir, o médium mineiro teria dito ao sr. Geraldo que não se tratava de um sonho, mas de uma recordação. A tal cidade não seria na Terra, mas em um dos planetas da estrela binária Capella 7.000 anos atrás. De antemão informamos ao prezado leitor que Capella não possui planetas, muito menos mares, prédios e porta-aviões. Saiba mais aqui.
Voltando à narrativa atribuída a Chico Xavier, este teria dito que o presidente da nação que apertou o botão para lançamento da tal bomba nuclear teria sido Bezerra de Menezes.
Obviamente que pessoas incautas, crédulas, sem um mais profundo conhecimento doutrinário, logo tenderão a acreditar cegamente em tais "revelações", mesmo porque a estratégia é muito bem urdida. Cita um encontro (sem testemunhas) com o já idolatrado médium mineiro, tido como uma espécie de oráculo infalível, pondo tudo em sua boca: o já manjado "argumento de autoridade", uma falácia lógica. Depois, liga a nova "revelação" a outras histórias conhecidas e não menos fantasiosas, como a dos exilados de Capella, a promessa de Bezerra de Menezes de não reencarnar em planeta mais adiantado até que a Terra se torne uma planeta melhor, entre outras fantasias que agradam ao paladar místico de grande parte do contingente espírita.
Urge que o Espiritismo volte ao trilhos de racionalidade e segurança que Allan Kardec e os Espiritos Superiores nos deixaram. Pseudorrevelações, teses fantasiosas e sem qualquer traço de contato com a realidade, têm sido divulgadas sem o menor critério e embasamento doutrinário. Para isso, se faz necessário repelir tais imposturas, fazendo com que essa turba de indivíduos, encarnados e desencarnados, autênticos aproveitadores em busca da fama, do dinheiro e do poder, se vejam compelidos a abandonar essa postura danosa à boa imagem do Espiritismo e de sua correta e responsável divulgação.
A entrevista concedida pelo sr. Lemos, vulgo Geraldinho, pode ser conferida clicando aqui.

Como Kardec tratava a política?